Sonhos habitados

Quem és tu? Quem és tu, que pela noitinha, habitas os meus sonhos? Nunca te vejo nitidamente, mas sinto o teu carinho e afeição. Quantas vezes te tento alcançar e tu foges? A curiosidade está a cegar-me e imagino-te de mil e uma maneiras. Sempre das mais bonitas e encantadoras, tal como um deus! Quando acordo, já sinto saudades tuas e apetece-me encostar de novo a cabeça no travesseiro, para ter, nem que seja, só mais um sonho… Pode ser o último, mas só quero ver-te e satisfazer a minha curiosidade. Não sei se és real, mas gostava que o fosses. O teu carinho dá-me força para o dia que está por vir, em que tento sempre fechar os olhos por segundos, para ter um breve momento a sós contigo. Não quero um príncipe montado num cavalo branco, como sonham as outras meninas. Só te quero a ti, tal como és! Nunca me deste uma palavra, mas não entristeço por isso. Basta-me sentir a tua presença, lá, no meu sonho e parece que o mundo é um arco-íris imenso, onde nós descemos de mãos dadas, silenciosamente. Não entendo. Porque me evitas tu, no meu própria sonho? Roubas-mo e não me deixas sequer participar nele. Dou-te todos os meus sonhos e tu que me dás em troca? Perguntas sem resposta… Não… Não preciso que fales! Basta-me um olhar, um sorriso… Prometo que não vou interrogar-te, apenas quero algo. Algo que me faça saber que és tu, que estás ai! Algo que me faça gostar ainda mais de ti… Por isso vou dormir, na esperança de um sinal. O teu sinal! Boa noite e bons sonhos…

Mas agora, vou voar com as borboletas...
Tânia